O coração me prende como se tivesse raiz
E por mais que eu podasse todas as incertezas
Dói tão forte no peito
Bem mais do que eu quis
Arranco com os dedos esse desespero
E fico em pedaços
A margem de mim
Tem uma voz metida que ouço com medo
Fazendo ferida onde plantei amor
Não agüento essa angústia enrustida
De só viver minha vida
Quando passar essa dor
Quem sabe um dia
Tão breve abra o sol
E minhas folhas façam sombra à margem de um rio
E quando quiseres meu fruto da vida
Verás que o meu caminho pra ti se partiu
Percebo que o coração não brincou
Só era pequeno demais pra entender
Aprendeu errando onde colocar a semente
Mas plantou o que sente pra depois colher.
Bruna Ramos dos Santos