24 de fev. de 2012

Menino, te desejo sorte...

Então eu voltei lá, estava tudo diferente
Eu fiquei a refletir sobre a gente
As voltas que o mundo dá
Por cima dos nossos planos
De todos os sonhos...
Que nunca foram poucos

Já não somos mais os mesmos
O tempo todo saímos do lugar
Hoje o sol está brilhando
A noite promete estrelas...
E eu posso me enganar
As nuvens se movem
Nada volta pro lugar

Eu fui na esperança de poder te reencontrar
A lembrança é boa
Já não somos mais os mesmos

Só mesmo um novo amor
Deixará este lugar lindo outra vez
Menino, te desejo sorte...

Se eu pudesse escolher entre ficar ou partir
Mesmo que eu fique estarei me partindo
Preciso ir...

Bruna Ramos dos Santos

14 de fev. de 2012

Prudência


Antes de abandonar o velho barco
Observe muito bem a correnteza... 
Ela pode te levar de volta a margem
A uma incrível viagem
Ou te afogar...

Nem sempre não arriscar é demonstrar fraqueza

Nem toda porta aberta
É para entrar
As vezes aquilo que é perfeito aos olhos
É na verdade uma arma apontada para nossa cabeça
Aquela oportunidade imperdível, muitas vezes
Está aí justamente para ser perdida

Antes de sair por aí
Sacudindo a poeira
Perdendo as estribeiras
Tente se reencontrar

Bruna Ramos dos Santos

Está aí justamente para ser perdida

Saudade do inverno


O inverno tem uma frescura
Que não quero esquecer
Aquecido até o pescoço
No fundo do poço, pego água pra beber
Uma certa melancolia
Que me deixa sem lençóis
Eu dispenso até a água de coco
Passo a ser rouco
E paro pra pensar de mais
Deixo o meu corpo descansando
Minha mente funcionando
Quando nem preciso disso
Não troco nenhum verão por isto
Do inverno eu só desisto a cada amanhecer
Nele quase vivo de vinho, gula e carinho
O livro do inverno é a bula
O ar que eu respiro é amor

Bruna Ramos dos Santos